Monday 6 February 2012

nada

  • Tu ser multifacetado, correspondência estabelecida através dos reflexos do espelho da casa de banho. Sim, tu Ser de várias faces, que correlação fazes ao que vês reflectido na janela do teu outro. Sem qualquer relação de interacção, que fazes tu quando te questionas ao espelho? Será que vês aquilo que és ou aquilo que projectas independente do que é projectado externamente a ti? Sabes realmente a tua história ou apenas és um Ser híbrido da estória que te contaram? A hibridez é uma fantasia tua ou é uma fantasia vendida por portageiros?
  • Impressionante é a variedade de acontecimentos que criam a fantasia que tu tomas por certo.
  • Numa linguagem bélica, aquela que rege o teu pensamento, não faz mais nada que dar ordens de um sistema, do qual não existe um conhecimento pleno, mas apenas uma roçar de dicções fundamentadas por uma teoria geral de sistemas.
  • Um simbolismo interaccionista que condiciona a tua experiência por sondagens e estatísticas, cingindo-te um caminho planeado por terceiros, fundadores de um conhecimento alienante, acções laxativas industrializadas que te colocam, Ser multifacetado, numa posição de carência em corrente directiva para um melhor estar, independente do verdadeiro estar perante o teu reflexo. Ahhh ser estranho habitante desta terra única, pena que não vejas além do que te é dito, pena que não consigas tomar acção daquilo que te dizem todos os dias.
  • Sabes tu, besta urbanizada, os caminhos que já te foram traçados pela injúria sussurrada por outros? Ou caminhas tu ainda crente de uma minoria fabril elaboradora de “verdades”, libertadora de constrangimentos, para ter ditar qual a melhor decisão sobre o teu reflexo?
  • Desde o momento em que foi traçado um caminho, a construção do Eu, tornou-se uma dicção fácil de escrever, para quem detêm o poder eo maneirismo de manipular. São políticos e são agentes feito tanques pensadores, pregadores e sociólogos, advogados e engenheiros, matemáticos e filósofos, que tornam e acrescentam a condição que já te é inerente, meu Ser multifacetado, arrebentado por tanta violência existencial.
  • Ser multifacetado, vou-te contar uma ideia que tenho. Imagina-te um ser curioso, carregado de questões e carregado de uma única certeza, a certeza que não há certezas, e que tudo é uma enorme dúvida. Caminhando neste traçado como base da única certeza, como podes tu Ser de várias faces, tomar o discurso de uns como a verdade que te irá condicionar e tornar-se a Tua acção?
  • Sabes tu que tanta coisa providenciada pela natureza já te condiciona, porque é que te entregas a elementos meramente criados pela humanização, para acrescentarem nessa mesma condição?
  • Nasceste condicionado à imagem da natureza e é por essa que devem seguir as tuas faces. Tu deverás seguir dessa condição natural. Nada mais deve restringir a tua acção. Numa colectividade experimental, que é a raça humana, desprovida recentemente de soluções divinas, a equação comportamental do Ser humano e multifacetado, graças à sua capacidade de discernir o melhor para si e para o seu ser existencial, deve basear a sua equação metafórica nas bases e raízes da natureza. Tudo o que parte fora dessa intenção, caminha, já, num terreno extremamente sinuoso e potencialmente destinado à desordem e destruição.
  • Nada vale em tomarmos as coisas como algo de concreto, pois tu Ser multifacetado, não estás em terras sólidas, mas caminhas em areias movediças, onde tu crias a tua bóia de salvação com lianas e coração ou estendes a mão a lógicas plásticas e mundanas entregando-te a safras de uma merda alienante.
  • Não será bem o acordar para um super-homem, mas antes o acordar para um Ser desperto e cônscio do ambiente que está inserido.

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