Wednesday 18 May 2011

Esférico Barrento

Sã e salva é a barbaridade barrenta!
Dentro do esférico barrento
apenas encontro a matéria da qual não é possível escapar.
Isenta de qualquer tributação,
apenas do prestar temporal.

Estou cá por leis da terra e não por leis de homens.
E a constante tentativa do contrário é aborrecida,
e chega até ser depressiva.


E com isso pergunto:

Se tudo é esférico,
porque não voltar à nobreza imposta pela terra?


César é burro e Deus fala por linhas tortas,
e para torto, dentro da minha esfera,
espero definições lineares,

e não sentidos tubulares.
Farto estou de ouvir sermões,
de conformidade e consonância
com a espiral mortal
que as leis de César traçam dia após dia.

Farto estou de ver, as cabras de amores por César,
que desesperam por pastos fertilizados
pelos excrementos de discípulos de tal cabrão.


Como é possível, viveram tais cabras,
com alimento podre à nascença?

Não são nem ovelhas, nem cães rústicos,
são cabras que nem selvagens são!


E quanto aos discípulos, esses seres abjectos, próprios da rejeição verdadeira do grande César,
vivem felizes, fornicando com as cabras domesticadas,
vivem felizes pela regência das suas próprias leis, transmutando-se em vermes,
felizes por esse estado longe de ser barrento,
são felizes pela falta de forma,
e falta de razão
pois nem a lógica que eles congeminam lhes surte apoio,
o que apenas lhes dá rede, são as cabras com as suas peles
esticadas e ressequidas, dependentes de seus queridos vermes, discípulos de César.

Neste esférico que ainda está longe de ser totalmente barrento
...o que é hoje, é ainda nojento.




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