Monday, 23 July 2007

papel

será assim tão importante
será que não chega aquele que se enrola
que se desenrola todos os dias
será que temos que viver num sistema
onde fábricas de papel timbrado ditam
todo o caminhar
se na consciência de quem decide
sabe o valor decide o poder e o pudor
que tretas são estas onde se rege e regem
ditaduras de pastas de papel
anuncios e imagens de papel
todos convertidos a papel e numeros
e ditados ditaduras de versos e medalhas
palhaçadas é o que digo
ditaduras e conceitos
cremes e pastas
vergonha é o que digo
compra que para isso precisas de papel
condicionalismos de papel
abulição ao papel é o que eu esgrimo

Saturday, 21 July 2007

ah´s de vento

AH gritam os ventos
de todos os lados
que vem
são tantos que
berram quebram
todos os tempos

Asas de zumbidos
fazem o teu ser renascer
de seres e quereres
espalham se como
asas libertas de tudo
(a todo o preso )
Liberta essas asas
que caminhaste tanto
com tanto a dizer
por onde devias andar
salta liberta te
ser despenteado

Friday, 6 July 2007

extravaso me sonhos

Extravaso me em sonhos mortíferos
Rodeado de ninfas nas rochas do meu ser
Sinto a gravidade verter das minhas veias
metamorfoses do meu querer
Ventos rasgados alimentados de prazer
A loucura que me povoa
A mosca que me sobrevoa
digo alto em silêncio aquilo que bem penso
Sem que por isso seja algo que me dê algum sustento
Que ninfas que desejos ….. quando as senti
Correram me AHHHHHH`s de verdade
Senti as cobras a rasgarem me a pele das costas
Senti as asas destes tempos malditos
O voo de tempos nefastos impregnado de dissabores
Em rosas de maus cheiros feitas em maquinas fálicas de falsos prazer
Em pleno voo serpenteado visionei tais visões de podridão
Juntado em aversão as tais voos eram rasas tais ilusões
Sinto as ninfas pulsarem de furor elas querem me
Sinto as nas minhas veias fazendo libertar os meus braços em movimentos para quebrar tal voo serpenteado
RASGO ARRANCO AS SERPENTES
Sinto a queda de toda a intempérie da minha razão
Desfaço me em miríade de bocados o cheiro que abundava nas minhas narinas torna se o sabor de todos os sabores que passaram nas minhas veias que as ninfas recusaram e fizeram pulsar em mim tal revolta dessas maquinas nefastas que ocupam todo o espaço que não o meu que exalavam todo o cheiro que não o meu
Ninfas do meu querer , que tanto me queriam
abundavam nas minhas veias
eram o meu único prazer

Tuesday, 19 June 2007

um sonho

se um sonho que é um sol que passa por mim
olhou e tocou como nunca senti
foi fogo de vista
foi uma vista de fogo
que senti
tentei chorar para me alegrar
mas o que fiz eu se não apagar o fogo
tentei tocar no choro
quando o sol me disse
eu amo te
eu quero te
mas não te consigo tocar

que não sou

todo o raciocínio
“inteligente” que ouço
provem de uma lógica
manufacturada
feita em série
não inspirada
não espontânea
não natural
parte de uma reacção
que não sou
sim é verdade
que neste sistema doente
eu prefiro ser a doença que doente em busca de inteligência

Tuesday, 5 June 2007

a

a plena aceitação
in , sub e consciente
leva toda a razão
do crer / querer

blasfémias invertebradas

tudo o que passa da íris
torna-se uma pessoal intima
ilusão virtual
sim que vivemos e sentimos , mas todo o ensinamento recebido , todo o encanto
dictatorial / material não passa de um inquieto espaço virtual

somos o quê , vemos , sentimos o quê , se não uma percepção , um toque ,
um raciocínio lógico que o todo e tudo o que é perceptível , deve partir (filtrar-se) de dentro
de uma forma pura e ingénua

diz-se vermelho , porque fomos ensinados que é vermelho ,
aprendemos a dar o nome
as coisas porquê ?!
fomos dotados de audição (todos os sentidos)
mas por vezes , parece que existe
falta de raciocínio

não digo nada de novo
ou que faço descorbertas
mas !
onde está nesta maioria
a compreensão de todos os sentidos

zu tu hu

medo

os medos que são
os medos que existem
e tantos que lhe dizem
e porque não

essa busca eterna
busca efémera
pelo sim
que alguns encontram
dentro de si (ócios)

os enfrentos do medo
que são a transformação do ser
que cada um tem o seu
alguns que preferem não mexer
mas serem mexidos
tais seres inertes agidos

fazem parte de um acção
vivem e escolhem o não
a resposta não é essa
a procura não é uma lamecha

blasfémia

conjuntos fortificações
agrupamentos
ajuntares de informações
são plenos mistérios
que rasos deformados
pergunta eu
que verdades tiras tu
de tamanhos ilibados

#

são imagens
que todos nós vivemos
que todos nós errantes perdidos
encontram se em todos puros e seres iludidos

objecto versus imagem

a imagem vale tanto quanto o objecto
o objecto carrega apenas a informação
do que é
mas é apenas
quando a imagem "é" mais .
reproduz e é reproduzida e pela quantidade
"é" mais
«a distribuição da fotografia
ilustra , pois , a decadência
do conceito da "impropriedade" »

a maior da esmeraldas , que vale
aquando numa gaveta fechada , dos mais
ricos palácios , quando o mais pobre dos
fotografos é que a possui

as far

looking as far memories
can see
that`s fucking nostalgy
keep on what`s worth
to see
keep it
&
look as far your eyes
hummm do you like a cup of tea

#

na eloquência do ser
que não é mais que
humano
crânio facetado
de um transparecer
negro iluminado

feliz é aquele que
vê no escuro
que todos somos feitos
de um ser fraseado

medidas

médias que quantidades
que tudo são números
quanto
quantifica
quanto tens
quanto és
em que ficas
um
dois
sempre a contar pelo
mesmo , quando os
números são outros que
tanto pode ser um
que pode ser outro
formulas
e quontas

cinco dedos

por cada braço que existe
são cinco dedos de compreensão
havendo muito e tão pouco para compreender
existe a mão que não pensa
haja que age o que houver
para reagir
para se cingir pelos cinco
de compreensão
que são tão poucos
que de nada servem
pela outra que existe

essa outra que existe
a força que por tanta que é
tira qualquer faculdade de perceber
que por tão pouco que é preciso
ofusca

o tempo

o tempo vale tudo
o tempo vale nada
imagens de uma relação
sem tempo
a não ser do próprio passado
o tempo que vale tudo na imagem