por vezes apetece-me espetar um cravo na cabeça e sentir a chaga dos tempos que vivemos
outras vezes vejo um cravo na lapela de alguém e pergunto se essa pessoa sabe que está a ser um vaso da chaga temporal
não quero usar um cravo na lapela
não quero ser uma jarra
quero usar um cravo espetado na cabeça
o vermelho que quero é de sangue
o meu cravo é preto dos tempos
o meu cravo não é de jarra
o meu cravo vive vermelho do meu sangue
vou pedir a Buda um campo de golfe e tacos de ossos para que cada jogada seja abençoada, pelos corpos das jarras caminhantes com cravos.
1 comment:
Muito bom especialmente a parte final em que pedes ao Buda um campo de golfe...adorei!
Eu este fim de semana vou desenvolver a ideia do "amburguês" dedicado aos organizadores de manifestações e revoluções não sê quê rascas, que depois te conto.
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