Rodel Leitão I e Eu feito em letras
Wednesday, 30 July 2014
Friday, 13 June 2014
Friday, 2 May 2014
Thursday, 14 November 2013
Monday, 11 November 2013
Saturday, 26 October 2013
Tuesday, 22 October 2013
Tuesday, 13 August 2013
Thursday, 18 April 2013
Somos o palco de uma guerra invisível que se estrutura em ideologias contingentes, formando lixeiras públicas.
Monday, 18 March 2013
Um dia
Esse dia aconteceu.
Um dia sussurei à areia que nada sabia, mas no entanto disse-lhe que sabia tudo o que havia para saber.
Contei-lhe que aparte do que ela, a areia, via, o mundo estava numa corrida louca para alcançar algo que nunca iria tomar. E que entre essa corrida e pequenas pausas de repouso, o mundo à volta dela estava-se perdendo. Tudo e todos tentavam a todo o custo g_anhar o grande prémio. Mesmo sem saber qual seria a recompensa.
Contei-lhe tudo.
E ela chorou...
Saturday, 5 January 2013
Bolos D'nüí
Ora, assim, ficamos de fora de qualquer dominância de opinião. E passamos apenas ao estádio da mastigação, e de mastigações, sugestão e sugestões.
Um mastiga e cospe. O outro engole e volta a mastigar, para voltar a cuspir.....que maneio de ruminação. Será então que não passamos de pequenas carruagens, transportando bolos alimentares "doxamáticos"?....vivemos num hiper-mercado da opinião popular!.....de boca em boca!, sempre à espera de boca aberta.
Nada é nosso e tudo é meu.... por enquanto.
E já que a atenção é um bem tão escasso, talvez mais escasso que o ouro ou as hemorróidas dos políticos e executivos, que nada executam, deveríamos, parar a carruagem "ruminatória" que somos, e ganhar um pouco de ferrugem na forma de pensar....talvez ajude...nunca se sabe, e só custa tentar...de boca fechada."
Estas foram as palavras que ouvi, quando estava à espera do meu pão-de-deus, na pastelaria do Largo de Camões.
As coisas que eu ouço por aqui e por ali, são de escrever....algures.
Saturday, 1 December 2012
A inscrição de uma morte sem poema.
Aeroportos para sujeitos sem alma.
A sociedade está sob tratamento.
A droga da sociedade..é a sociedade.
e
Thursday, 29 November 2012
a virtuosa constância incoerente do ser
Sunday, 6 May 2012
defecação na capoeira
Monday, 6 February 2012
nada
- Tu ser multifacetado, correspondência estabelecida através dos reflexos do espelho da casa de banho. Sim, tu Ser de várias faces, que correlação fazes ao que vês reflectido na janela do teu outro. Sem qualquer relação de interacção, que fazes tu quando te questionas ao espelho? Será que vês aquilo que és ou aquilo que projectas independente do que é projectado externamente a ti? Sabes realmente a tua história ou apenas és um Ser híbrido da estória que te contaram? A hibridez é uma fantasia tua ou é uma fantasia vendida por portageiros?
- Impressionante é a variedade de acontecimentos que criam a fantasia que tu tomas por certo.
- Numa linguagem bélica, aquela que rege o teu pensamento, não faz mais nada que dar ordens de um sistema, do qual não existe um conhecimento pleno, mas apenas uma roçar de dicções fundamentadas por uma teoria geral de sistemas.
- Um simbolismo interaccionista que condiciona a tua experiência por sondagens e estatísticas, cingindo-te um caminho planeado por terceiros, fundadores de um conhecimento alienante, acções laxativas industrializadas que te colocam, Ser multifacetado, numa posição de carência em corrente directiva para um melhor estar, independente do verdadeiro estar perante o teu reflexo. Ahhh ser estranho habitante desta terra única, pena que não vejas além do que te é dito, pena que não consigas tomar acção daquilo que te dizem todos os dias.
- Sabes tu, besta urbanizada, os caminhos que já te foram traçados pela injúria sussurrada por outros? Ou caminhas tu ainda crente de uma minoria fabril elaboradora de “verdades”, libertadora de constrangimentos, para ter ditar qual a melhor decisão sobre o teu reflexo?
- Desde o momento em que foi traçado um caminho, a construção do Eu, tornou-se uma dicção fácil de escrever, para quem detêm o poder eo maneirismo de manipular. São políticos e são agentes feito tanques pensadores, pregadores e sociólogos, advogados e engenheiros, matemáticos e filósofos, que tornam e acrescentam a condição que já te é inerente, meu Ser multifacetado, arrebentado por tanta violência existencial.
- Ser multifacetado, vou-te contar uma ideia que tenho. Imagina-te um ser curioso, carregado de questões e carregado de uma única certeza, a certeza que não há certezas, e que tudo é uma enorme dúvida. Caminhando neste traçado como base da única certeza, como podes tu Ser de várias faces, tomar o discurso de uns como a verdade que te irá condicionar e tornar-se a Tua acção?
- Sabes tu que tanta coisa providenciada pela natureza já te condiciona, porque é que te entregas a elementos meramente criados pela humanização, para acrescentarem nessa mesma condição?
- Nasceste condicionado à imagem da natureza e é por essa que devem seguir as tuas faces. Tu deverás seguir dessa condição natural. Nada mais deve restringir a tua acção. Numa colectividade experimental, que é a raça humana, desprovida recentemente de soluções divinas, a equação comportamental do Ser humano e multifacetado, graças à sua capacidade de discernir o melhor para si e para o seu ser existencial, deve basear a sua equação metafórica nas bases e raízes da natureza. Tudo o que parte fora dessa intenção, caminha, já, num terreno extremamente sinuoso e potencialmente destinado à desordem e destruição.
- Nada vale em tomarmos as coisas como algo de concreto, pois tu Ser multifacetado, não estás em terras sólidas, mas caminhas em areias movediças, onde tu crias a tua bóia de salvação com lianas e coração ou estendes a mão a lógicas plásticas e mundanas entregando-te a safras de uma merda alienante.
- Não será bem o acordar para um super-homem, mas antes o acordar para um Ser desperto e cônscio do ambiente que está inserido.
Friday, 3 June 2011
Vi o
são essas as que doem mais,
e quanto mais repetidas elas são
e mais violentas elas são,
mais elas me salvam de qualquer tentação,
para levar com a escarreta na cara e acordar.
Wednesday, 18 May 2011
Esférico Barrento
Dentro do esférico barrento
apenas encontro a matéria da qual não é possível escapar.
Isenta de qualquer tributação,
apenas do prestar temporal.
Estou cá por leis da terra e não por leis de homens.
E a constante tentativa do contrário é aborrecida,
e chega até ser depressiva.
E com isso pergunto:
Se tudo é esférico,
porque não voltar à nobreza imposta pela terra?
César é burro e Deus fala por linhas tortas,
e para torto, dentro da minha esfera,
espero definições lineares,
e não sentidos tubulares.
Farto estou de ouvir sermões,
de conformidade e consonância
com a espiral mortal
que as leis de César traçam dia após dia.
Farto estou de ver, as cabras de amores por César,
que desesperam por pastos fertilizados
pelos excrementos de discípulos de tal cabrão.
Como é possível, viveram tais cabras,
com alimento podre à nascença?
Não são nem ovelhas, nem cães rústicos,
são cabras que nem selvagens são!
E quanto aos discípulos, esses seres abjectos, próprios da rejeição verdadeira do grande César,
vivem felizes, fornicando com as cabras domesticadas,
vivem felizes pela regência das suas próprias leis, transmutando-se em vermes,
felizes por esse estado longe de ser barrento,
são felizes pela falta de forma,
e falta de razão
pois nem a lógica que eles congeminam lhes surte apoio,
o que apenas lhes dá rede, são as cabras com as suas peles
esticadas e ressequidas, dependentes de seus queridos vermes, discípulos de César.
Neste esférico que ainda está longe de ser totalmente barrento
...o que é hoje, é ainda nojento.
Thursday, 28 April 2011
O meu pequeno encontro com um indivíduo engomado
Se o senhor tem medo, faça então crescer mais a sua muralha! você é o seu guarda e você é o seu prisioneiro. Torne-se obediente à servidão. Vá, não vale a pena lutar contra aquilo que você quer ,diga lá, você quer ser escravo. Não se tente enganar, se você não manda em si, você é mandado.
Tuesday, 29 March 2011
Saturday, 26 March 2011
Assim Falou o deus Barbatana
Defendei a vossa pátria humana e fecundai!
Ouçam a voz do vosso coração e a voz das vossas tripas,
Fecundai e enchei a terra com novos rebentos consumidores,
Prestai devoção à vossa razão e enchei a terra com gémeos monoculares,
cujo o propósito é o mesmo que o vosso, jovens defecadores!
Consumir para fecundar!
Este é o vosso propósito, encher a pátria humana com futuros
progressores do intuito parasitário, dominador fecundador, oh felizes defecadores.
Cheios de amor, do coração à tripa, enchei os vossos desejos,
e dai razão à vossa existência.
Esqueçam a sustentação verdejante!
Lembrai-vos apenas da vossa razão, a razão de fecundar.
Tornai-vos infinitos!
Pois o truísmo da vossa condição é consumir-vos até o fim.
Assim fala a inconsciência colectiva, o deus Barbatana.
Friday, 25 March 2011
Cinco Minutos de Aro Para o Ar No Shopping mais perto dele
Fritos e desfeitos
Bolachudos seus endiabrados!
Correm com vagar como loucos desesperados
Erguendo os seus sacos reciclados carregados de baterias ionescas
Mastigam freneticamente o que em tempos também foram sacos
Estes de plástico, agora alçados e pintados
Gesticulando os olhos com esgares de felicidade
Ansiosos por mais um fim de tarde
Rebolam e rebolam o bolo alimentar
Sorriem e lambem o prazer de suas bocas
Por entre os dentes esguicham palavras com pêlos
Ruminam pensamentos embalados pelas luzes de alto consumo
Sobem e descem PARADOS!!! - Parados? Francamente! Que horror, Ides a nenhures? -
Rolam o prazer do mais fatigado
Fantoches endiabrados, belos ursos embalsamados
Felizes nas elevações
Felizes nos camarins de provações,
Ahhh espera da sua banha plastificada, banha emprenhada, periodos de gestação para a sua bela comunhão de alegria cega
ohhh meus filhos da Altura, nem sei o que vos diga
Tuesday, 15 March 2011
impropriedade
por vezes apetece-me espetar um cravo na cabeça e sentir a chaga dos tempos que vivemos
outras vezes vejo um cravo na lapela de alguém e pergunto se essa pessoa sabe que está a ser um vaso da chaga temporal
não quero usar um cravo na lapela
não quero ser uma jarra
quero usar um cravo espetado na cabeça
o vermelho que quero é de sangue
o meu cravo é preto dos tempos
o meu cravo não é de jarra
o meu cravo vive vermelho do meu sangue
vou pedir a Buda um campo de golfe e tacos de ossos para que cada jogada seja abençoada, pelos corpos das jarras caminhantes com cravos.
Friday, 18 February 2011
Entre Dias
Wednesday, 9 February 2011
Lagoa do Caimão
Rola a pistola na Rua 21
Tuesday, 1 February 2011
Sessão Onírica, onde se debate a realidade distante.
Thursday, 6 January 2011
Técnicas Furatórias
Consultório do Dr. Octano, consulta à Sr.ª Ecolália , Fevereiro de 1999
- Você tem veneno Thomenhtirannush na sua língua, diga ahhh, você tem abelhas à volta do seu recto, você precisa de uma má operação!
- Enfermeira, dê-me as tesouras, … martelo, …. Chama, …. Elástico…Ok está quase, encaixa, oh ela está a sangrar!... Eu não consigo parar a hemorragia….mais gaze, por favor despacha-se! Bhshhh
Enfermeira vai um café? …….
- Metade tubarão metade homem metade crocodilo –
Assim nasceu o deus Barbatana, uma pele de invejar, dentes substituíveis, olhos em angular e cauda na diagonal, é vegetariano entre refeições canibalescas, adorna-se de flores azuis, que nascem no couro cabeludo da tribo do Burrué, a parte humana é para enganar o mais distraído.
A mãe do deus Barbatana morreu durante o parto de intoxicação alimentar e gangrena. Ninguém sente a falta da mãe. O pai não consta em nenhum registo da clínica do Dr. Octano, mas pouco antes da mãe morrer, ainda sussurrou ao ouvido da enfermeira, dizendo que o pudim não presta e o pai do então deus Barbatana, atacou-a por trás enquanto dormia, numa noite fria de muito nevoeiro, junto do pontão nº 21 do Cais da Alameda de Cima, por isso não sabe quem é o pai.
Barbatana viveu a sua adolescência no orfanato Maria das Natas no Entroncamento,atingindo a fase adulta, fugiu pela rua abaixo e não foi visto até então.
A informação aqui prestada é da minha exclusiva responsabilidade.
Isto dito, O deus Barbatana espera ingressar no Conselho de Administração da Associação de Vida Selvagem e Doméstica do Hemisfério Central da Região do Interior – A.V.S.D.H.C.R.I.- para implementar o canibalismo molecular no interior do hemisfério central, e obter subsídios para criar a primeira escola para indivíduos monoculares. Recentemente acabou um workshop de dissecação testicular de Babuínos e Lémures. O seu conhecimento da fauna e flora, passa por análise de excrementos de varejeiras e restos de polén não-polinizados de Túlipas-Anglicanísepunderas. É também especialista em Trompas de Orquídeas e patas traseiras das Abelhas Assassinas de África e alfinetização da Íris de Lulas gigantes. Como hobby é Taxidermista de Thénias-Rex e Pandas Anões(apenas grupos de 6).
Não há muito mais a dizer acerca do deus Barbatana, mas caso exista alguma questão sobre o seu paradeiro, a resposta é, e sempre será – Local Indefinido.